Microsoft lança "Bing" para concorrer com Google
O objectivo é ambicioso: colocar um ponto final à hegemonia do Google como motor de busca preferido dos internautas. E, para isso, a Microsoft não olha a meios e custos: para a próxima semana, dia 3 de Junho, está a agendado o lançamento do novo servidor "Bing", que contará com um campanha publicitária milionária. Se, em 2008, o Google, investiu perto de 25 milhões de dólares (18 milhões de euros) em publicidade em todos os suportes, a Microsoft não se faz rogada e pretende gastar entre 80 a 100 milhões de dólares (57,6 a 72 milhões de euros) para anunciar o lançamento do novo motor de busca. As publicações impressas, digitais, a televisão e a rádio vão ser os suportes privilegiados.
O novo motor de busca, que começou a ser testado internamente com o nome de código "Kumo", pretende ser uma versão moderna do actual Live Search, não só ao nível da aparência como também do processo de formulação das pesquisas. Para se diferenciar, o "Bing" renega a denominação "motor de busca" e prefere a nomenclatura "motor de decisão": diversos estudos indicam que 66% dos utilizadores recorrem aos motores de pesquisa para serem auxiliados nas tomadas de decisão. Nesse sentido, o novo serviço quer oferecer ferramentas de procura inteligente, apostando na simplificação de tarefas e em escolhas mais informadas.
Entre as diversas ferramentas disponibilizadas, destacam-se, por exemplo, as sugestões automáticas: o Bing analisa o termo introduzido na caixa de procura e oferece automaticamente noções semelhantes e aperfeiçoa o campo de busca. Este "motor de decisão" permite também a pré-visualização de documentos, já que muitos estudos referem que um quarto das procuras realizadas resulta num rápido clique para regressar à página oficial, quando os internautas se apercebem que o resultado não é o pretendido. Segundo a Microsoft, esta ferramenta permite, desde logo, ter a percepção do conteúdo do site e, por isso, do resultado da pesquisa. Por outro lado, o "Bing" simplifica a procura de serviços como, por exemplo, as reservas de bilhetes de avião, ao conseguir estimar as variações futuras no preço das viagens aéreas.
A tarefa, no entanto, não se antevê fácil. O Google continua a ser líder incontestado, abrangendo 64,2% do mercado, sendo seguido pelo Yahoo, com apenas 20,4% de quota. O Live Search (pertencente à Microsoft) conta apenas com 8,2% do mercado.
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