Blogueiro na mira de ataque ao Twitter diz que não vai silenciar
O blogueiro pró-Geórgia identificado como alvo do ataque que derrubou o Twitter, na semana passada, afirmou nesta quarta-feira (12) que não vai silenciar. Cyxymu acredita que os ataques foram realizados para colocar fim às críticas que ele faz à Rússia, em relação à disputa da região da Ossétia do Sul.
Georgy Jakhaia, de 34 anos, trabalha como professor de economia. Refugiado de Sukhumi, ele vive em Tbilisi, capital da Geórgia. “Foi realmente interessante estar no centro do interessa da mídia de todo o mundo. Isso porque eu tenho outra chance de divulgar a Geórgia de forma positiva”, afirmou o blogueiro à agência de notícias Reuters.

Segundo Facebook, alvo dos ataques era o blogueiro Cyxymu. No Twitter, ele agradeceu pelo apoio contra os 'ataques virtuais da Rússia'. (Foto: Reprodução )
Além de reiterar que continuará escrevendo sobre o assunto, Jakhaia revelou o plano de criar um blog escrito em inglês, para poder atingir uma audiência ainda maior.
Na semana passada, o Facebook confirmou que o ataque havia sido direcionado ao blogueiro, que é usuário de diversos sites, e não contra as próprias páginas afetadas (Facebook, Twitter, LiveJournal). “Um botnet direcionado a suas páginas foi tão intenso que teve impacto para outros usuários”, disse um porta-voz da rede social.
Rússia
“Talvez [o ataque] tenha sido realizado por hackers comuns, mas tenho certeza que a ordem veio do governo russo”, afirmou o blogueiro em entrevista à publicação britânica “The Guardian”. “Um ataque desta escala, que afetou três serviços globais com diversos servidores, só pode ter sido organizado por alguém com muitos recursos”, continuou.
Segundo o “Guardian”, ele foi vítima de um ataque parecido, no ano passado, que derrubou o serviço de blogs LiveJournal. Em relação à recente ação de hackers, ele se disse impressionado. “Não esperava esse tipo de ataque contra mim, não sou um blogueiro tão famoso”, disse.
Ainda de acordo com Cyxymu, a ação teve início com o envio de centenas de milhares de spams (mensagens não-solicitadas) supostamente enviadas de todas as parte do mundo, em seu nome, sugerindo que as pessoas visitassem o blog. “As pessoas fizeram isso, e o LiveJournal foi bloqueado. Então, o mesmo aconteceu com o Facebook e o Twitter”, contou.
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