segunda-feira, 13 de julho de 2009

Google rouba idéias da Apple porque não tem idéias próprias, diz Forbes

“Só porque você é paranóico não significa que não será apanhado. No caso da Apple, ela já foi. A Apple é conhecida por sua obcessão pelo sigilo. Os funcionários recebem diferentes codinomes para novos produtos para que não fofoquem sobre eles na cafeteria da empresa. Revendedores e fornecedores são punidos se vazarem qualquer notícia. Blogs que publicam notícias sobre novos produtos tem sido ameaçados por advogados e até comprados”, comenta Brian Caulfield em artigo publicado no site da revista Forbes.

Mas, no caso da Google Inc., aparentemente a Apple não está conseguindo manter seus segredos guardados a sete chaves, observa ele. O motivo atende pelo nome de Eric Schmidt, CEO da Google que tem assento no quadro de diretores da Apple.

“A Google anunciou [semana passada] que em breve oferecerá um sistema operacional para PCs e netbooks, passo que a coloca diretamente contra a Apple, cujo negócio foi erguido em torno de seu sistema operacional Mac OS X. E esse foi apenas o mais recente dos negócios da Apple que a Google imitou. Significa que Schmidt é um espião? Não. O que parece é que os paralelos entre Google e Apple são produto de duas culturas diferentes: a Apple age, a Google reage. Eis porque a Google continua tropeçando em tantos dos negócios da Apple. As duas empresas são concorrentes acidentais, mas parece que ainda não perceberam isso”, pondera Caulfield.

Além do sistema operacional — o Mac OS X roda em processadores x86 e ARM e foi desenvolvido sobre uma variante do Unix, o Chrome também —, Caulfield cita em detalhes outros exemplos da “reação” da Google às ações da Apple: Android em resposta ao iPhone, navegador Chrome seguindo-se ao Safari e Google Docs após o iWork.

“Por que a Google parece estar imitando a Apple em cada passo? Talvez porque não tenha idéias melhores. Levou anos até que a Google conseguisse encontrar um caminho fora de seu negócio original de propaganda em buscas online e falhou em conseguir mais que um pequeno reconhecimento. Propaganda foi a fonte de 98% da receita da Google no trimestre de março, mais que os 97% de igual período do ano anterior. A Apple, por outro lado, provou que sabe marchar em direção a outros mercados. Lançou seu software musical iTunes em janeiro de 2001, antes de lançar o iPod em outubro. Começou a vender filmes no iTunes antes de colocá-los no iPod. Então, em 2007, transformou o iTunes — já onipresente graças ao iPod — em uma plataforma de ligação entre o computador e o iPhone.

Resultado: a receita da Apple extraplou as fronteiras do iPod e seu negócio de mídia e avançou para o iPhone e o Mac. Os dois primeiros negócios nem existiam uma década antes. Nesse contexto, a paranóia da Apple faz sentido. Ela parece ter planos que vão muito além do típico para uma empresa tão popular. E, porque seus produtos e serviços funcionam tão bem, cada fiapo de informação que possa ser colhida sobre ela vira notícia. Bem, exceto, talvez, para Schmidt”, conclui Caulfield.

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